Centro de São Paulo recebe o novo (e antigo) Cine Bijou

Participantes do festival de Teatro de Curitiba, no Paraná, onde apresentam a Mostra Satyros,, em comemoração aos 30 anos do grupo teatral “Os Satyros”, seus fundadores, Rodolfo Garcia e Ivan Cabral, assinaram nesta quarta-feira, dia 27 de março, na cidade paranaense, o contrato para recuperação do antigo Cine Bijou, localizado na Praça Roosevelt, centro da cidade de São Paulo.

Com previsão de inauguração para o final deste semestre, a nova sala terá cerca de 120 lugares e através de um acordo firmado com a distribuidora Pandora, para exibições de filmes de arte, como outrora e buscará tornar-se novamente um ponto de grande agito cultural.

Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez assinaram contrato para o novo (antigo) Cine Bijou

Cine Bijou
Desde a escolha de seu nome, é notável a valorização que recebe: Bijou, no dicionário Francês, significa “joia, obra de arte, maravilha”. O Cine Bijou, um pequeno cinema especializado em filmes de vanguarda que funcionou na praça Roosevelt, em São Paulo, de 1962 a 1996, era frequentado por estudantes, intelectuais, artistas, militantes de esquerda – e por Marcelo Coelho, em seus quinze, dezesseis anos de idade.

Os Satyros
A Companhia de Teatro Os Satyros foi fundada em São Paulo, em 1989, por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Já com o primeiro trabalho, “Aventuras de Arlequim”, receberam o Troféu APCA de melhor ator (Ivam Cabral) e atriz coadjuvante (Rosemeri Ciupak), além da indicação ao Prêmio Mambembe de melhor texto (Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez). Mas foi em 1990, a partir da montagem “Sades ou Noites com os Professores Imorais”, que a companhia se tornaria nacionalmente conhecida.

Os Satyros

Em seu curriculo, Os Satyros produziram mais de 100 espetáculos, se apresentaram em 20 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 53 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.

Pandora Filmes
Distribuidora de filmes independentes, atuante desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Kieslowski, Angelopoulos, Wong Kar-Wai e com o relançamento de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder. Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora sempre atuou com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos

Por Maurício Coutinho