Dez lugares que ajudaram a mudar a cara do centro de São Paulo

Dez lugares que ajudaram a mudar a cara do centro de São Paulo

Casas de espetáculos, espaços de arte e endereços gastronômicos transformam a área central e a colocam na rota do paulistano em busca de diversão.

Casa de Francisca

Trocar os Jardins pela esquina da Rua Quintino Bocaiuva com a Direita poderia parecer arriscado demais anos atrás. Em fevereiro de 2017, porém, quando a casa de shows se mudou para o charmoso Palacete Teresa Toledo Lara, erguido em 1910, o público comemorou. O espaço, todo restaurado, passou a abrigar mais músicos no palco e a plateia quadruplicou. Rua Quintino Bocaiuva, 22, ☎ 3052-0547.

Sesc 24 de Maio

Sesc 24 de Maio: uma das principais novidades do centro (Rogério Albuquerque/Veja SP)

Com investimento de 120 milhões de reais, a unidade, inaugurada em agosto no prédio onde funcionava até o fim dos anos 90 a loja de departamentos Mesbla, tem projeto do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. No 13º andar, com vista privilegiada para o skyline da cidade, a piscina de 25 metros é um dos principais chamarizes. Assim, a região ganhou uma opção de entretenimento aberta também aos sábados e domingos, quando os estabelecimentos vizinhos costumam fechar. Na esteira de apostas na região, o Sesc Parque Dom Pedro II reinaugurou o palco em frente ao Mercadão, em novembro. Sesc 24 de Maio. Rua 24 de Maio, 109, ☎ 3350-6300. Sesc Parque Dom Pedro II. Praça São Vito, s/nº, ☎ 3311-9651.

Prédio Sé

Prédio Sé: espaço recebe festas e é cenário de ensaios fotográficos (Divulgação/Veja SP)

Dono da loja de design de luxo Micasa e da galeria de arte que leva seu nome, ambas nos Jardins, o empresário Houssein Jarouche abriu no meio do ano passado a área de 1 500 metros quadrados, preparada para receber festas e ser cenário de ensaios fotográficos. Pertinho do marco zero da cidade, o casarão, datado de 1905, foi arrematado num leilão da Caixa Econômica Federal por 1,7 milhão de reais. Tanto as paredes quanto o piso do espaço de eventos foram mantidos e receberam iluminação de LED. Próximo às escadas, chama atenção o elevador original, restaurado, com laterais de grade. Rua Roberto Simonsen, 85, ☎ 3088-1238.

A Casa do Porco Bar

A Casa do Porco, do chef Jefferson Rueda (Mauro Holanda/Veja SP)

As receitas suínas criadas por Jefferson Rueda deram nova vida à Rua Araújo. Não há noite sem espera na Casa do Porco, onde o público se delicia com pedidas como o pão chinês no vapor com pancetta, rabanete fermentado, agrião e molho agridoce (24 reais). Entusiasta e morador da região, o chef promete abrir, na quinta (25), a lanchonete Hot Pork, na Rua Epitácio Pessoa, 94. Perto dali, no Copan, sua mulher, Janaina Rueda, comanda desde 2008 o Bar da Dona OnçaRua Araújo, 124, ☎ 3258-2578.

Esther Rooftop

Esther Rooftop: cobertura transformada em restaurante (Carlos Alkmin/Veja SP)

O chef francês Olivier Anquier, conhecido não só pelas casas que abre, mas também por suas aparições na TV, transformou a cobertura do Edifício Esther, onde vivia, num dos restaurantes mais charmosos da cidade. É com vista para a Praça da República que são saboreadas as receitas preparadas no dia a dia pela equipe do também francês Benoit Mathurin. Enquanto beberica drinques, o público vai de aperitivos como o queijo camembert empanado com salada e compota de damasco (48 reais). O arroz cremoso de frutos do mar tem inspiração tailandesa e custa 82 reais. No térreo do prédio, funciona a padaria Mundo Pão do OlivierPraça da República, 80, 11º andar (Edifício Esther), ☎ 3256-1009.

Z Deli

Z Deli, que ganhou unidade no centro no fim de 2017 (Alexandre Battibugli)

Eleito o melhor hambúrguer da cidade na última edição COMER & BEBER, o Z Deli Sandwich Shop ganhou em dezembro de 2017 uma filial no centro. No térreo do prédio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP), a casa replica não só as constantes filas como alguns dos sandubas disponíveis nas outras duas unidades, em Pinheiros e nos Jardins. Há também novidades, caso do bun (15 reais), pãozinho chinês feito no vapor com pastrami de gado wagyu, saladinha coleslaw, picles e maionese. Rua Bento Freitas, 314, ☎ 3129-3162.

Paribar

Paribar, ponto tradicional do centro da capital (Alexandre Battibugli)

Ponto de encontro de intelectuais nos anos 50, o Paribar fechou as portas na década de 80 para ressurgir em 2010. Com ambiente nostálgico e mesinhas esparramadas na calçada, ao lado da Praça Dom José Gaspar, preserva no cardápio “paulistanices” como o churrasco grego (10 reais), feito no espeto vertical como manda a tradição, mas aqui valorizado por vinagrete de pimenta-de-cheiro. Para molhar o gogó, o pessoal aposta em cerveja de garrafa (Serramalte, 13,20 reais) e coquetéis clássicos, como o caju-amigo (28,40 reais). Praça Dom José Gaspar, 42, ☎ 3159-0219.

Rinconcito Peruano

Rinconcito Peruano: sucesso pela cidade (Ligia Skowronski/Veja SP)

Sem placa na porta e com garçons que mal falam português, o Rinconcito Peruano nasceu na Rua Aurora e ganhou a cidade. Hoje são oito unidades, algumas delas em bairros nobres como Moema e Pinheiros. Mas é na matriz que muita gente prefere bater ponto na hora de encarar uma boa comida típica. Não espere a decoração luxuosa nem o menu contemporâneo de seus congêneres na cidade: a casa se apoia na comida cotidiana, com sugestões como lomo saltado. Nenhum item, no entanto, é mais vendido que o farto ceviche (136,90 reais), suficiente para seis pessoas. Rua Aurora, 451, ☎ 3361-2400.

Teatro Porto Seguro

Teatro Porto Seguro, nos Campos Elíseos (Mario Rodrigues/Veja SP)

Carro-chefe de um complexo cultural, o Teatro Porto Seguro abriu as cortinas em maio de 2015 e desafiou o paulistano a frequentar uma região considerada insegura. O sucesso foi imediato, e a sala, localizada nos Campos Elíseos, próximo à Cracolândia, tem todas as suas 508 poltronas constantemente ocupadas. Desde a inauguração, passaram por ali 135 atrações. Nomes como o ator Tarcísio Meira, o cantor Ney Matogrosso e a atriz Fernanda Torres estão entre os maiores sucessos de bilheteria. Um espaço para exposições, um restaurante e um palco ao ar livre também agitam a programação. Alameda Barão de Piracicaba, 740, ☎ 3226-7300.

Teatro de Contêiner Mungunzá

Teatro de Contêiner Mungunzá: espaço foi construído com onze contêineres marítimos (Vitor Iemini/Veja SP)

Em março do ano passado, a primeira quadra da Rua dos Gusmões, na região da Luz, ganhou um novo colorido com a inauguração do teatro. O espaço, construído em dois meses, teve toda a estrutura montada com a utilização de onze contêineres marítimos e comporta 99 espectadores em uma sala capaz de ser transformada em arena e palco italiano. As peças Luis Antonio — GabrielaAgreste e Adeus, PalhaçosMortos! cumpriram bem-sucedidas temporadas por lá. Rua dos Gusmões, 43, ☎ 97632-7852.

Por Veja SP