Dicas de onde comer bem no centro de São Paulo

Dicas de onde comer bem no centro de São Paulo

Do brasileiro ao francês, do mexicano ao “porco quente”: conheça algumas opções do centro.

Uma boa caminhada pelo centro, como mostramos aqui pode abrir o apetite. Ou nem precisa de caminhada, as opções são tantas e tão diversas em sabores e estilos de gastronomia que o apetite tende a ficar aguçado mesmo.

Confira a seguir algumas dicas para fazer refeições deliciosas e inesquecíveis no centro de São Paulo.

Esther Rooftop

Na Praça da República, 80, subindo até a cobertura (rooftop), como o nome indica, você encontra o bistrô do chef e apresentador de TV francês Olivier Anquier. Em parceria com o também francês, Benoit Mathurin, ali são criadas iguarias que privilegiam ingredientes brasileiros, mas utilizando técnicas da culinária francesa.

O resultado dessa fusão produz delícias como o camembert brasileiro (algo afirmado com orgulho) com mel e azeite de flores, o arroz cremoso de frutos do mar, a carne de porco temperada servida com pão torrado e o já célebre “Chá Gelado do Esther”, um chá verde com hortelã, xarope de limão e pêssego.

Caso tenha dificuldade para escolher entre tantas delícias, inspire-se na vista. É sensacional.


La Central

O edifício Copan é um dos marcos do centro de São Paulo, referência clássica de arquitetura e cultural da cidade. Foi ali que um pedacinho do México veio se instalar na cidade, a La Central (Avenida Ipiranga, 200, loja 48), onde cada mesa é decorada com um cacto.

Para abrir o apetite, a dica é tomar uma michelada: cerveja, limão, gelo e sal na borda do copo.

Para degustar, alguns dos itens mais pedidos da casa incluem: guacamole com totopos (triângulos crocantes feitos de milho), quesadillas (tortilla recheada com queijo) e tacos de carne suína.

Sobremesas de destaque incluem o flan de doce de leite e o tamal de guayaba con queso. Quase uma goiabada com queijo! Mas é um doce de milho com goiabada e queijo fresco aquecido, acompanhado de sorvete de nata, que faz toda a diferença. \

La Central


Orfeu

O Orfeu é restaurante para quem curte badalação, pois fica aberto até tarde e tem até uma pistinha de dança, montada nas noites de sexta e sábado.

Sua localização estratégica (Avenida Ipiranga, 318, bloco A) o posiciona numa passagem fechada para carros, pertinho do famoso Bar da Dona Onça e em frente ao mexicano La Central.

A diferença é que ele é brasileiríssimo.

Por isso lá você encontra receitas típicas, com toques contemporâneos e o tempero da cozinha baiana. O chef Rafael Cesana prepara pratos como abará (com bacalhau na massa e o tradicional camarão seco) e um vatapá com ares de nhoque, servido com molho de moqueca e camarão fresco.

Isso sem falar das porções incríveis como as de rã empanadas com molho tártaro e espetinhos variados servidos em dupla. Que tal uma combinação de camarão pistola com barriga de porco?

Pode ser uma boa pedida nas noites em que se quer ficar (e dançar) até mais tarde…

Fachada do novo restaurante Orfeu, vizinho ao Copan – Leandro Bevilacqua/Divulgação

Casa do Porco

O chef Jefferson Rueda, que já havia recebido uma estrela Michelin à frente do elegante Attimo é quem comanda a Casa do Porco, na Rua Araújo, 124.

A cozinha abriga dois fornos a lenha para assar porcos desossados inteiros num processo que pode levar oito horas. Tudo para “vitrificar” a pele e deixar a carne do lado de dentro úmida e saborosa.

É assim, por exemplo, que se faz prato que é o verdadeiro carro-chefe da casa, o Porco San Zé. Crocante por fora, tenro por dentro, vem acompanhado por tutu de feijão, tartar de banana, couve e farofa. Um sabor “da roça” preparado know-how de alta gastronomia. Imperdível.

Mas calma…! O ambiente e as opções gastronômicas não são para a gente se precipitar. Tem muita comidinha boa antes do prato principal, coisas que podem ser comida aos bocados, bebendo a betando papo com os amigos.

Exemplos? Croquetes de porco, Torresmo de barriga de porco pincelados com goiabada crocante pururucas com especiarias, e muito mais.


Hot Pork

Na rua Bento Freitas, 454, surgiu o “filho” mais novo da Casa do Porco. Aliás, filho é o termo apropriado, pois reza a lenda que o cachorro-quente com salsicha artesanal surgiu para agradar os filhos do chef Jefferson Rueda. Sem corantes ou conservantes, mas lotado de sabor, o item fez sucesso e não coube mais na Casa do Porco: teve que conquistar seu espaço próprio. É norma: os filhos crescem e saem de casa.

A receita do “dogão” é aparentemente simples: carne suína de primeiríssima qualidade num pão macio. Mas aí entram os toques de gênio culinário: ketchup de maçã, mostarda fermentada com tucupi, maionese e picles de cebola-roxa.

Tá com muita fome? São duas salsichas de 18 centímetros. Só não espere sentar para comer sossegado: a rotatividade é alta, o porco quente (como é carinhosamente apelidado) é servido num balcão e é feito para ser comido em pé.

Ah, você não come carne? Pode ir com seus amigos sem problema: tem a versão vegetariana, com um embutido de cogumelos e tofu.

Mostrando mais uma vez que o centro é para todos.

Por Luiz Marcondes