Aplicativo serve como guia para roteiro artístico no centro de São Paulo

roteiro artistico

Faz alguns minutos que caminho pelas ruas da região da República e Consolação ao lado de Felipe Lavignatti, jornalista e um dos criadores do site e aplicativo Arte Fora do Museu (arteforadomuseu.com.br). Munidos de smartphones e utilizando o app, temos acesso privilegiado à história da cultura paulistana instantaneamente – ou tão logo nossas conexões 3G permitirem.

Somos capazes de ver, à Rua Nestor Pestana, 125, as divindades do teatro, da música e da dança criadas por Zeus e retratadas no maior afresco produzido por Emiliano Di Cavalcanti, em 1950. Trata-se de ‘Alegoria das Artes’ e, trechos do trabalho, danificados por um incêndio em 2008, podem ser vistos em reproduções em tamanho reduzido na altura do pedestre.

André Deak/ Arte Fora do Museu/ Divulgação

Mural de Di Cavalcanti no Hotel Jaraguá

Morto em 1976, poucos meses depois de Steve Jobs criar o primeiro computador da Apple, Di Cavalcanti não poderia imaginar que a tecnolo- gia permitiria consumir informações sobre sua obra a partir de uma pequena tela de celular.

Virando à direita na Rua da Consolação, vigoroso como há 60 anos está um retrato em pastilhas das etapas de produção de um jornal diário. “Você pode ver os jornalistas, os entregadores. Está tudo aí”, diz Lavignatti. Quase tudo.

De volta à Consolação, em frente à Biblioteca Mário de Andrade, temos a melhor vista de um mural pintado por Tomie Ohtake (R. Coronel Xavier de Toledo, 161) e uma explicação crítica em nossos fones de ouvido. Não perdemos nenhum detalhe. Vire à esquerda na Rua Coronel Xavier de Toledo e novamente à esquerda.

Na fachada da Galeria Nova Barão, há murais de Bramonte Buffoni (R. Barão de Itapetininga, 37); e no no 255, no interior do Edifício e Galeria Califórnia, vemos um painel de pastilhas de Cândido Portinari. Vá até a esquina com a Avenida Ipiranga, e, no no 600, repare na zebra na empena cega do edifício, assinada por Claudio Tozzi.

Escrito por Márcio Cruz