Concerto da Orquestra Experimental de Repertório traz diferentes gerações de compositores brasileiros

No programa estão obras de Guerra-Peixe, Ronaldo Miranda e Leon Stedle. Os músicos se apresentam no domingo (16), às 12h. Os ingressos custam R$20. 

Um concerto com um programa recheado de obras de compositores brasileiros de diferentes gerações. Essa é a proposta da próxima apresentação da Orquestra Experimental de Repertório que acontece no domingo (16/06), ao meio-dia, no palco do Theatro Municipal. Os ingressos custam R$20.
Na regência está o maestro convidado Lutero Rodrigues, especialista no repertório brasileiro. O programa tem início com a obra Quasares Messias, do jovem compositor Leon Stedle. “Quasares são os corpos celestes mais brilhantes e maiores emissores de energia encontrados nos confins do universo. São objetos com núcleo galáctico ativo e podem emitir até́ milhares de vezes a energia emitida pela Via Láctea”, explica Stedle.

Em seguida, a orquestra recebe no palco o barítono Lício Bruno para interpretar Drummondianas, de Guerra Peixe. Um dos grandes compositores brasileiros e também
violinista, regente e arranjador, Guerra-Peixe, traz a influência da música popular brasileira para a música clássica. O compositor coloca música em sete poemas do mineiro Carlos Drummond de Andrade.
Dando continuidade ao repertório nacional, os músicos interpretam Sinfonia 2000, de Ronaldo Miranda. O autor é conhecido por trazer em suas obras a riqueza de ritmos brasileiros – do norte ao sul do país. Neste concerto o público poderá conferir o que é a música brasileira da época de Guerra-Peixe, a atual música com Ronaldo Miranda e a projeção de uma geração futura com Leon Stedle.
Opera Studio e Camerata
Um dia antes o Opera Studio e a Camerata da Orquestra Experimental de Repertório apresentam a ópera La Scala di Seta, de Gioachino Rossini. O espetáculo é gratuito e acontece no sábado, 15 de junho, às 17h, no espaço de convivência da Praça das Artes. Na direção musical e regência está o maestro Gabriel Rhein-Schirato, já a direção cênica é de Keila Bueno.
Uma Escada de Seda (título da ópera em português), é o local onde a jovem Giulia vai todas as noites para receber Dorvil, o qual está secretamente casada; é também o lugar onde ela pode desviar a vigilância de seu tutor Dormont, que tenta casá-la com Blansac.
Giulia aproveita e tenta unir Blansac com sua prima Lucilla. Além do tutor, a protagonista tem que lidar com a curiosidade de Germano, criado da casa. No papel de Giulia está a soprano Mariana Álamos; como Germano, o barítono Vitor Mascarenhas. Daniel Soufer fará Dorvil, Catarina Taira interpretará Lucilla e Ramon Mundin será o Dormont.
Com libreto de Giuseppe Maria Foppa, a obra é ambientada em Paris do século XVIII e é a sexta das 39 óperas compostas pelo italiano Gioachino Rossini. Com temática leve e cômica, seu gênero é a farsa, estilo popular na Veneza entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, e que consistia em óperas breves e elenco pequeno – entre cinco e sete cantores.
Serviço:
15 Sábado | 17h
La Scala di Seta (A Escada de Seda), ópera em um ato, de Gioachinno Rossini

Edição crítica de Dino Menichetti. O.T.O.S. Firenze – Melos EdicionesMusicales
Camerata da Orquestra Experimental de Repertório
Opera Studio da Fundação Theatro Municipal de São Paulo
Direção Musical e regência: Gabriel Rhein-Schirato
Direção Cênica: Keila Bueno
Assistente de direção musical: Daniel Gonçalves
Assistente de direção cênica: Roseane Soares (cantora do Opera Studio, participante do
espetáculo como aprendiz)
Preparação de elenco: Márcio Gomes
Textos: adaptação coletiva
Personagens e intérpretes:
Giulia: Mariana Álamos, soprano
Germano: Vitor Mascarenhas, barítono
Dorvil: Daniel Soufer
Blansac: Marcus Ouros
Lucilla: Catarina Taira
Dormont: Ramon Mundin
Local: Espaço de Convivência | Praça das Artes
Endereço: Av. São João, 281
Duraçãoaproximada: 60 minutos
Indicaçãoetária: livre
Ingressos: entrada franca
Capacidade: 200 pessoas16 Domingo | 12h
Concerto Matinal

Orquestra Experimental de Repertório
Lutero Rodrigues, regente
Lício Bruno, barítono
Programa:
Leon Steidle: Quasares Messiânicos
César Guerra-Peixe: Drummondianas, para barítono e orquestra
Ronaldo Miranda: Sinfonia 2000
Local: Sala de Espetáculos | Theatro Municipal de São Paulo
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Duraçãoaproximada: 60 minutos sem intervalo
Indicaçãoetária: Livre (sugerido para maiores de 7 anos)Capacidade: 1.500 lugares
Ingressos: R$ 20,00 / R$ 15,00 / R$ 10,00 pelo site eventim.com.br ou pela bilheteria.
Horário da Bilheteria do Theatro Municipal: De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e
sábados e domingos, das 10h às 17h.* Programação sujeita a alterações.
Mais informações:
Lutero Rodrigues
Nascido em 1950, estudou música no Brasil e Alemanha. Tem Mestrado (UNESP) em Artes e Doutorado (USP) em Musicologia. Sua Tese de Doutorado recebeu o Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música – 2010 e tornou-se livro, em 2011 (Editora UNESP). Foi regente de diversas orquestras, com destaque para a Sinfonia Cultura – Orquestra da Rádio e TV Cultura, Priorizando o repertório brasileiro do qual regeu mais de 600 obras, ao menos 130 delas em estreia mundial, além de diversas gravações. Dirigiu numerosos festivais de música destacando-se, durante 4 anos, o Festival de Inverno de Campos do Jordão (1987 a 1990). Desde 2003, é membro da Academia Brasileira de Música e em 2010, tornou-se Professor do Departamento de Música do Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo. LícioBruno Mestre em Performance, aperfeiçoou-se na Academia Franz Liszt em Budapeste. Éprofessor na Escola de Música da UFRJ e no CAL, RJ, coordenador do curso de pós-graduação em Canto e Expressão da FACI/Alpha Cursos, Espírito Santo e Diretorartístico do IIFestival SESI de Ópera. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes 2004, a “Ordemdo Mérito Cultural Carlos Gomes” (SBACE-SP), é condecorado pela ONU e vencedorde 10 concursos nacionais e internacionais. Tem mais de 80 personagens em óperas eé o único brasileiro a ter interpretadoWotan/Wanderer da tetralogia wagneriana. Atuano Brasil, Europa, América Latina e Indonésia.
Orquestra Experimental de Repertório
A Orquestra Experimental de Repertório (OER) foi criada em 1990 a partir de um projeto do maestro Jamil Maluf, e oficializada pela Lei 11.227, de 1992. A OER tem por objetivos a formação de profissionais de orquestra da mais alta qualidade, a difusão de um repertório abrangente e diversificado, que mostre o extenso alcance da arte sinfônica, bem como a formação de plateias. Suas várias séries de concertos com renomadas estrelas da música erudita e popular, bem como suas montagens de óperas, balés e gravações para TV, compõem uma programação que, há vários anos, vem conquistando público e crítica. Entre os vários prêmios que recebeu está o Prêmio Carlos Gomes, como destaque de música erudita. De 2014 a 2016, a OER foi dirigida pelo Maestro Carlos Moreno, e voltou a ter o Maestro Jamil Maluf como seu Regente Titular a partir de 2017, com o Maestro Thiago Tavares como Regente Associado.
Opera Studio
Núcleo de formação da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, o Opera Studio tem como objetivo o desenvolvimento e a preparação artística de jovens cantores líricos, assim como o aperfeiçoamento de suas habilidades musicais e cênicas, sempre estimulando a criatividade e o refinamento técnico.
Camerata da Orquestra Experimental de Repertório
A Camerata da Orquestra Experimental de Repertório é um grupo reduzido de músicos que integram a Orquestra Experimental de Repertório (OER), grupo artístico da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. O OER tem por objetivos a formação de profissionais de orquestra da mais alta qualidade, a difusão de um repertório diversificado e a formação de plateias. Entre os vários prêmios que recebeu está o Prêmio Carlos Gomes, como destaque de música erudita.
Maurício Coutinho
Jornalista MTb/SP 33.886