Johannes Brahms no Centro de São Paulo através da Orquestra Experimental de Repertório e Coral Paulistano

Que tal passar uma tarde de domingo assistindo um concerto especial no Theatro Municipal de São Paulo? No final do mês, 28, às 17h, a Orquestra Experimental de Repertório (OER) e o Coral Paulistano apresentam obras de Johannes Brahms, um dos principais compositores do romantismo musical europeu do século XIX. Os ingressos custam R$20.

Na regência da OER está o maestro Jamil Maluf, já o Coral Paulistano fica sob o comando da maestrina Naomi Munakata. O espetáculo conta ainda com 14 vozes do Coro Lírico Municipal de São Paulo. Mais de 150 músicos estarão presentes no palco do Theatro.

A apresentação se inicia com Abertura do Festival Acadêmico, Op 80. Essa é uma das peças de um par de aberturas que Brahms criou – a outra é Abertura Trágica, Op. 81, que também está no repertório deste concerto. O compositor alemão compôs a obra em 1880 em homenagem à universidade de Breslau, no qual ele recebeu um doutorado honorário em filosofia.

A segunda peça a ser interpretada é Nänie, composta para coro e orquestra em 1881. Do grego, a composição significa Uma Canção Fúnebre e foi escrita em memória ao seu amigo falecido Anselm Feurbach. De acordo com o maestro Jamil Maluf, a peça aborda questões sobre a finitude das coisas dessa vida e lamenta sobre a morte ser inevitável, onde até o belo um dia acaba, retratado no trecho “Que o belo perece, que o mais perfeito passa”.

Para encerrar o concerto, os músicos interpretam Canção do Destino, op. 54 (Schicksalslied), considerada um dos melhores trabalhos de coral de Brahms. Para esta peça, Brahms escolheu versos de um poema escrito por Friedrich Hölderlin. O poema faz parte do romance Hyperion, que retrata o contraste da existência dos deuses com a vida dos mortais. A obra foi composta em 1868, porém Brahms a estreou apenas três anos depois devido sua hesitação sobre como concluí-la.