Centro da Cidade ganha novos jardins de chuva

A Subprefeitura Sé inova e constrói mais de 20 mil metros de jardins de chuva distribuídos entre os distritos Sé, República, Santa Cecília, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação e Liberdade.

As equipes coordenadas pelo arquiteto paisagista, André Graziano e o biólogo, Rodrigo Silva estão deixando a região central mais permeável, colorida e florida. Foram construídos 28 jardins de chuva e tem muito mais obras em andamento.

André Graziano explica que os jardins têm a função de ampliar a permeabilidade urbana, minimizar os efeitos do escoamento superficial e reter a água por meio de jardins de retenção hídrica. Além de coletar e ‘segurar’ as águas, os jardins contribuem para a minimização dos efeitos de enchentes e alagamentos; e claro, deixa a nossa cidade mais florida e atrai mais pássaros.

A constituição de quase todos os jardins de chuva tem como regra a “inversão” do que se faz com uma rua, ou seja, ao invés de impermeabilizar o solo com asfalto ou concreto; se cria um “colchão” de ar sob a terra (feito com pedras e/ou entulho reciclado), que coleta e armazena a água, enquanto a sua superfície permeável permite que plantas cresçam e deixe a paisagem mais agradável e diversificada.

Na Rua Major Natanael temos o maior sistema de jardins de chuva do Brasil, seguramente um dos maiores do mundo, congregando 11 jardins dispostos em pontos específicos deste eixo, com mais de 2.800 m2 de área útil.

 Outros locais já finalizados são: Travessa Grassi e Avenida do Estado, na Sé; Rua Antônio de Sá, no Glicério; Avenida 23 de Maio com a Praça da Bandeira, na Bela Vista; e Rua Major Natanael, no Pacaembu.

 As obras estão acontecendo na Praça Alex Freua Neto, na Liberdade; Rua do Triunfo, na República; e Praça Olavo Bilac, na Santa Cecília.

 Nos jardins, conta o biológo Rodrigo Silva, já foram plantadas vedélia, agapanto brancos e azuis, grama esmeralda e amendoim, capim-do-texas verde e rubro, cordyline, ruélia roxa, biri vermelho e amarelo, pau d’água; e mudas arbóreas variadas como de ipês roxo, branco e amarelo-do-brejo, mirindiba, dedaleiro, alecrim-de-campinas, jerivás, araçás, coração-de-negro, sangra d’agua e paineiras. Todas as mudas são fornecidas pelos viveiros municipais.

 O trabalho da Sub-Sé vem sendo reconhecido por especialistas. Em matéria publicada no site O Eco, Lilian Henrleng, diretora da Phytorestore (uma das empresas líderes na restauração da biodiversidade de grandes áreas com crises ecológicas e sócio-ambientais), declarou que “A subprefeitura da Sé, de São Paulo, acabou de fazer o maior jardim de chuva das Américas. Absorve 5% da água que iria ao piscinão do Pacaembu. Simplesmente se adequando ao paisagismo da cidade, quebrando asfalto. O desafio é avançar com respeito aos limites dos ecossistemas. Hoje consumimos 1,7 planeta em recursos naturais”.

“Nossos projetos de preservação do meio ambiente trazem para o Centro de São Paulo um trabalho técnico, com uma equipe competente e comprometida em transformar a região central. É um carinho que a Cidade merece e um respeito ao meio ambiente”, finalizou o subprefeito da Sé, Roberto Arantes.
Maurício Coutinho / jornalista / produtor cultural