Depois da inundação de bons chopes em Pinheiros e Perdizes, o centro da cidade tornou-se a nova região onde dá para rodar de bar em bar em busca de um copo de qualidade. Não muito longe da Dogma — e de outras novatas, como a Cerveja a Granel e a Tap Tap —, surgiu em dezembro a Cervejaria Central.
Pequena, com um salão na linha hipster/industrial, a casa é tocada por uma dupla de fotógrafos, Filipe Redondo e Leo Soares. Embora nem sejam tão bonitas, as doze torneiras da bebida têm uma embalagem curiosa: figas de madeira. Delas descem oito chopes próprios, produzidos na cervejaria Mea Culpa, em Cotia — a partir do fim do mês, a produção deve mudar para os fundos do bar.
Inicie o percurso etílico com o planalto (R$ 9,00 o copo de 330 mililitros e R$ 12,00 o de 473 mililitros), um bohemian pilsener dourado e de amargor instigante. O stout caparaó (R$ 15,00 e R$ 21,00) leva lactose para ganhar textura mais encorpada. De aparência turva, o amber ale linha vermelha é maltado e deixa o finzinho amargo (R$ 13,00 e R$ 18,00).
Um pão de interior fofinho feito com cerveja serve de base para os sanduíches. Alguns são abertos (seriam crostini? tartines?), caso do de escabeche de sardinha, maionese ao molho de ostra e coentro (R$ 26,00, cortado para petiscar).
Preços checados em março de 2018.
Resenha por Saulo Yassuda – Veja SP