Oficina Fachadas da Bela Vista no Domingo na Yayá

Sebastiana de Mello Freire, Dona Yayá, foto extraída da Comissão de Patrimônio Cultural da USP

Centro de Preservação Cultural recebe o Museu de Arte Contemporânea da USP para a oficina Fachadas da Bela Vista, com participação livre para adultos e crianças. O tema da oficina é a obra Casas, realizada em realizada em 1953 pelo artista Alfredo Volpi, que pertence ao acervo do MAC-USP.

Após uma roda de conversa sobre a tela, os educadores do museu vão propor a participação em jogos e a produção de desenhos e pinturas. A ideia é buscar inspiração nas construções e moradias das ruas da Bela Vista, bairro conhecido como Bixiga, para reproduzir uma temática recorrente no trabalho de Volpi, a representação de fachadas. Assim com Volpi, os participantes usarão a técnica da pintura a têmpera, preparando as tintas a partir de pigmentos e claras de ovos. 

A atividade integra a exposição Museus e Acervos da USP, em cartaz na Casa de Dona Yayá, que tem a proposta de divulgar o rico conjunto de acervos e coleções que fazem parte do patrimônio cultural da Universidade e cumprem importante papel na construção do conhecimento, pesquisa científica e extensão universitária. As oficinas, ralizadas em parceria com os museus da USP, vêm acontecendo desde o início deste semestre, para as quais o CPC convida as equipes dos setores educativos para integarirem com o público que visita a Casa, apresentando uma amostra de suas coleções.

Dentre esses acervos destaca-se o do MAC-USP, com cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações, de artistas como Amedeo Modigliani, Pablo Picasso, Joan Miró, Alexander Calder, Wassily Kandinsky, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lygia Clark. Criado 1963, o museu é hoje considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional. 

Atua na gestão do acervo, na produção de pesquisa e na disseminação do conhecimento para a sociedade, mantendo ainda à disposição de estudantes, especialistas e do público em geral uma biblioteca e um importante arquivo documental. 

Saiba mais sobre Dona Yayá

Sebastiana de Mello Freire, antiga moradora da casa que hoje leva seu nome e é sede do CPC-USP. Dona Yayá viveu uma infância marcada pela perda de duas irmãs. Viu-se órfã aos 12 anos de idade e aos 18 foi surpreendida pela notícia da morte do único irmão, que teria se atirado ao mar durante um acesso de insanidade mental – quadro que também ela viria a manifestar.


Apesar disso, segundo o que constam os registros sobre sua vida, Yayá era alegre e por vezes brincalhona, pregando peças em conhecidos por diversão. Em correspondências trocadas entre amigas, Yayá revela-se além de divertida, uma pessoa bem humorada, inteligente e muito carinhosa.

Yayá viveu em companhia de pessoas com as quais tinha laços de parentesco e amizade, que permaneceram ao seu lado até a sua morte, em 1961. Veja trechos do artigo da pesquisadora Marly Rodrigues para o livro “A Casa de Dona Yayá”, publicado pelo CPC, que contam sobre sua personalidade.

Serviço
Oficina Fachadas da Bela Vista
Data: 20.Outubro – Domingo
Das 11 as 12:30h
CPC-USP/Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353 – Bixiga
Entrada gratuita – Para todas as idades

Maurício Coutinho / jornalista / produtor cultural